8º Congresso de Náutica prova que investimentos no turismo das águas dá resultados

O turismo náutico tem sido o foco principal do Congresso Internacional Náutica já há alguns anos. Com litoral imenso, a maior bacia de água doce do planeta, sol o ano inteiro e uma pujante indústria náutica, o Brasil tem tudo para se transformar em uma potência do turismo náutico. Contudo, esse setor ainda não gera os que recursos tem potencial para gerar.

A ideia da promoção do encontro pelo Grupo Náutica — com a mobilização de ministros de Estado, prefeitos, secretários do Turismo e do Meio Ambiente, entre outros agentes ligados ao setor — era promover o debate e desencadear a mudança. E a proposta surtiu o efeito desejado!

Durante a 8ª edição do Congresso Internacional Náutica — realizado nos dias 20 e 21 de setembro, antecedendo a abertura oficial do São Paulo Boat Show 2023 — prefeitos de diversas cidades brasileiras com vocação náutica revelaram que estão aproveitando esse potencial, construindo estruturas náuticas e investindo no chamado Turismo das Águas, com resultados relevantes para as suas economias.

Exemplos de iniciativas bem-sucedidas não faltam. Como testemunhou, por exemplo, o prefeito de Caraguatatuba, Aguilar Junior, que promoveu o desassoreamento do Rio Juqueriquerê, para melhor fluxo de navegação, e agora está finalizando a construção de dois molhes.

“Não adianta apenas desassorear. É preciso conter a entrada de areia no leito do rio. Para isso, os molhes, de respectivamente 1.200 e 1.350 metros de comprimento, têm pressão positiva, que dissipa a força das ondas e evita a entrada de areia”, explica o prefeito, que investiu no projeto R$ 42,5 milhões.

A promessa é que os barcos passem a navegar livremente pelo rio (o mais importante do litoral norte de São Paulo, com 13 marinas ao longo de suas margens), sem risco de encalhar num banco de areia.

Apesar dos progressos, ainda há desafios a serem enfrentados. Estamos apenas no início de uma nova era.